Conheça seu perfil comportamental e terá mais chances de subir na carreira

A impressão é que, para ter sucesso, é preciso liderar. Você pode ser um sucesso dentro do que você pode dar. Quando você entende seu perfil, você pode verificar que seu lugar pode ser ou não na gerência. E você pode então ser o melhor analista que uma empresa pode ter. Quanto mais você se conhecer, mais melhorias consegue implementar.

Vamos partir do pressuposto de que você é bom/boa no que faz. Que cumpre todas as entregas, compromete-se com tudo que assume, é ótimo profissional. A primeira atitude para você ascender na carreira é conhecer seu perfil comportamental. Isso vai te ajudar a entender seus skills e o que precisa melhorar.

Por isso, o primeiro passo é entender o que você é. Conheço profissionais que são ótimos no relacionamento, mas possuem pouca habilidade analitica, ou muito estáveis com pouca ação para resultados imediatos.

Quem geralmente tem dominância alta é, na essência, propenso a ser líder. No entanto, não quer dizer que, se você não possui essa habilidade, você não possa liderar. É preciso que você aprenda a ser líder num momento de decisão, de definição, de posicionamento. Caso contrário, você será um profissional que sempre será liderado, mas não há nenhum problema com isso.

É importante você entender que não se muda a essência do perfil, mas você consegue fazer adaptações. Se as pessoas estão atuando em uma função muito longe do seu perfil, inevitavelmente estarão frustradas, ou deprimidas. Isso é a decorrência  da falta do autoconhecimento. E as empresas percebem esse fato. Atualmente no Brasil em torno de 85% das demissões são resultado do comportamento do colaborador. As contratações feitas por meio da minha consultoria acontecem primeiramente após o conhecimento do perfil comportamental para então iniciarmos a avaliação das   habilidades técnicas dos candidatos.

Quando você entende seu perfil, você pode verificar inclusive que seu lugar não é na gerência. E você pode então ser o melhor analista que uma empresa pode ter. O que ouço muito é que “fulano era o melhor vendedor e foi promovido para chefe do setor”. O que aconteceu? Descambou, porque não tinha perfil para liderar e nem queria isso.

A impressão é que, para ter sucesso, é preciso liderar. Você pode ser um sucesso dentro do que você pode dar. Claro que não é bom ficar na zona de conforto, porque todo  mundo pode melhorar. Quanto mais você se conhecer, mais melhorias consegue implementar.

A coach Liz Borin nos ajuda a compreender  as habilidades de cada perfil. Confira :.

Dominante (D)

São mais diretos, gostam de ditar o ritmo das coisas, e são muito focados no objetivo a ser atingido.

Alguns comportamentos a trabalhar:

  • Costumam ser mais enérgicos e podem agir com agressividade ou intimidação para alcançar seus objetivos;
  • Podem imprimir um ritmo muito acelerado e agir com impaciência, impulsividade e nervosismo;
  • Tendem a ser inflexíveis e fechados para as opiniões alheias, podendo passar a imagem de um líder individualista que não pensa no grupo;
  • Podem ser muito rígidos, dominadores e exigentes, apresentando atitudes autoritárias;
  • Por serem questionadores e críticos, podem se concentrar muito nas falhas e problemas do grupo, esquecendo-se de reconhecer e valorizar os acertos;
  • Podem agir com certa intolerância e insensibilidade às necessidades e sentimentos alheios, podendo desmotivar a sua equipe;
  • Quando intolerantes e intimidantes, podem impedir que seus liderados lhe peçam orientações e lhe façam críticas construtivas e valiosas;
  • São ambiciosos e podem agir com excesso de competitividade;
  • A falta de paciência com pessoas mais lentas pode fazer com que eles(as) centralizem muitas atividades para que as coisas aconteçam da forma rápida que eles(as) valorizam.

Influente (I)

São sociáveis e amigáveis, gostam muito de relações e criar conexões enquanto caminham na direção de seus objetivos.

Alguns comportamentos a trabalhar:

  • Por serem descontraídos e bem-humorados, podem exagerar nas brincadeiras e ter atitudes inconvenientes;
  • Tendem a exagerar no diálogo e podem passar a imagem de um líder que conversa muito e age pouco;
  • Podem não saber separar a hora de ser mais amigável e tratar de assuntos pessoais, do momento de ter uma postura mais séria e tratar dos assuntos relacionados ao trabalho ou aos negócios;
  • Podem ter dificuldades para completar ou analisar os relatórios e documentos necessários para o acompanhamento dos indicadores e o bom controle dos processos de gestão;
  • Podem exagerar na emotividade e ter atitudes, às vezes, incoerentes. Do mesmo modo, tendem a ser mais impulsivos e intuitivos, podendo faltar reflexão e um pensamento mais racional em sua tomada de decisões;
  • Por manterem o foco nas pessoas, nos relacionamentos e nas atividades sociais, podem lhe faltar disciplina, organização e o foco no planejamento e nas ações a serem executadas;
  • Tendem a não prestar muita atenção nos detalhes e na observância dos processos que podem fazer a diferença para garantir a ordem e o melhor desempenho da equipe;
  • Possuem dificuldade para serem mais específicos e podem deixar seus liderados confusos sobre o que e como fazer;
  • Tendem a perder a paciência com rotinas e situações que não são de seu interesse.

Estável (S)

São relacionais porém buscam maior harmonia e pacificação nos relacionamentos e ambientes.

Alguns comportamentos a trabalhar:

  • Desmotivado e indiferente
  • Espectador, egoísta e teimoso
  • Autoprotetor, indeciso e medroso
  • Pouco entusiasmado, reticente
  • Evita responsabilidades
  • Leva a vida de modo muito relaxado
  • Não é orientado para metas
  • Tem falta de automotivação
  • Ressente-se ao ser empurrado, letárgico e descuidado
  • Costuma desestimular os outros.

Conforme (C)

São muito interessados por detalhes, métodos, regras e controles.

Alguns comportamentos a trabalhar:

  • Tendem a ser muito sérios, retraídos, calados, não são de conversas alongadas e costumam desenvolver relacionamentos mais próximos. Dessa forma, podem passar uma imagem de um líder mais distante e frio com seus liderados;
  • São mais perfeccionistas e tendem a ser mais sistemáticos e muito presos às regras, regulamentos e métodos. Desse modo, acabam impondo um ritmo mais lento para si e sua equipe e podem perder a oportunidade de serem mais objetivos e contribuir para a entrega de resultados mais rápidos e bons o suficiente;
  • Podem exagerar na cautela e ter dificuldade para tomar decisões rápidas e arriscar quando necessário. Assim, esse ritmo mais lento com excesso de cuidados e detalhes, juntamente com seu jeito mais retraído de ser, podem gerar desmotivação no grupo, principalmente se ele for composto por pessoas mais dinâmicas ou descontraídas;
  • Tendem a ser mais rígidos e muito exigentes consigo mesmo e com os seus liderados. Desse modo, podem acabar desmotivando o grupo por focar muito nas falhas e deixar de valorizar os acertos;
  • O seu alto nível de exigência pode fazer com que esses líderes consciente ou inconscientemente, carreguem consigo o slogan “Se você quer as coisas bem feitas, faça você mesmo”. Isso pode gerar uma liderança mais centralizadora com dificuldade para delegar tarefas;
  • Tendem a querer controlar tudo o que está sendo feito por seus liderados e impor o seu jeito de fazer as coisas. Portanto, acabam tirando a autonomia e liberdade deles e, consequentemente, desmotivando-os e diminuindo a sua produtividade.

Conhecendo um pouco de cada um dos perfis e como eles podem ajudar ou prejudicar as pessoas no seu ambiente profissional, você vai conseguir reconhecer sua habilidades, seus pontos a desenvolver. E ter consciência do que se quer mudar e atuar sobre isso trará um salto profissional para você. E aquela promoção tão esperada que não saía e você não sabia a razão. Talvez uma delas esteja no seu comportamento. Faça esse teste comportamental da coach Liz Borin e comece a mudança já.

Artigo publicado originalmente no Linkedin Pulse.